quinta-feira, 11 de julho de 2013

A EPOPEIA MARÍTIMA (6)

MARCOU FORTEMENTE A COLÔNIA ITALIANA NO BRASIL O NAUFRÁGIO DO NAVIO SÍRIO QUE JÁ FIZERA INÚMERAS VIAGENS PARA TRAZER IMIGRANTES AO BRASIL.

VEJA REGISTRO DA CHEGADA DO  SÍRIO AO RIO DE JANEIRO:





O SÍRIO NAUFRAGOU NAS COSTAS DA ESPANHA NO DIA 04 DE AGOSTO DE 1906, CAUSANDO CENTENAS DE MORTOS E DESAPARECIDOS.

[...] ... navio Sirio que, em 1906, dois dias após ter partido do Porto de Gênova para o Brasil, naufragou com 1.700 passageiros e 127 tripulantes a bordo, entre eles cerca de 700 imigrantes italianos, dos quais 300 morreram no ato e 200 foram dados como desaparecidos para sempre.

[...] Em 4 de agosto de 1906, um navio de passageiros, o Sírio naufragou nas costas da Espanha, próximo às Ilhas Formiga, junto ao Cabo Palos, em viagem regular na linha de Gênova (de onde saíra dois dias antes) para o Brasil e países da Bacia do Prata. Eram 16 horas, e o capitão José Piconne (de 68 anos e 46 de experiência na profissão) estava descansando, ficando o comando da embarcação sob a responsabilidade do terceiro oficial, quando se ouviu um ruído ensurdecedor e um grande impacto fez o navio inteiro sacudir. O comandante, além de não controlar o pânico resultante, foi um dos primeiros a abandonar o navio.

Construído em 1883 em Glasgow, na Escócia, o Sírio era um moderno transatlântico na época, com 129 metros de comprimento e 4.141 toneladas, com motor de 5.323 cavalos-vapor, tendo feito sua primeira viagem em 15/6/1883. A embarcação transportava cerca de 1.700 passageiros (embora só pudesse levar 1.300, e 127 tripulantes), entre eles cerca de 700 imigrantes italianos, dos quais 300 morreram no ato e 200 ficaram desaparecidos. Os que conseguiram se salvar, perdendo todos os seus pertences, foram abrigados pelas populações do Cabo Palos, de Cartagena e de Alicante.
A embarcação espanhola Jovem Miguel recolheu cerca de 300 náufragos, mas foi obrigada a se afastar, deixando ainda centenas de pessoas no mar, já que a explosão das caldeiras do Sírio e seu rápido afundamento colocaram essa embarcação em perigo. Já o navio francês Marie Louise, mais distante, ao chegar ao local da tragédia só encontrou destroços.

O comandante do Sírio foi preso em Cartagena, como culpado pelo sinistro, pois costumava aumentar seus rendimentos embarcando clandestinos no litoral espanhol e teria para isso se aproximado demais dos arrecifes. Além disso, como havia uma espécie de competição entre os navios quando à rapidez nas viagens, o Sírio viajava em velocidade elevada (17 nós, ou 31,5 km/h), incompatível com o local (o Bajo de Fuera, que se transformaria num cemitério de embarcações) e mais perto da costa do que deveria. O naufrágio foi presenciado por outros navios mercantes, por ser região de intenso tráfego marítimo.

Entre os passageiros, estavam também inúmeras autoridades religiosas que voltavam de Roma. Assim, morreu nessa tragédia o monsenhor José Camargo de Barros, bispo de São Paulo, com 48 anos de idade, além do prior da Ordem dos Beneditinos de Londres, oito missionários que vinham para o Brasil, salvando-se entretanto o arcebispo do Pará, Homem de Melo.

Testemunhas afirmam que dom José Camargo de Barros morreu devido à agressão de um tripulante que lhe tirou o salva-vidas, quando ele abençoava aqueles que iam se atirando nas águas. Também morreu o cônsul da Áustria no Rio de Janeiro, Leopoldo Poltzer.

FONTE: http://www.insieme.com.br/portal/conteudo.php?sid=193&cid=2272&parent=0



VEJA E OUÇA MÚSICA SOBRE O NAUFRÁGIO DO SÍRIO:


         

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