MARCOU FORTEMENTE A COLÔNIA ITALIANA NO BRASIL O NAUFRÁGIO DO NAVIO SÍRIO QUE JÁ FIZERA INÚMERAS VIAGENS PARA TRAZER IMIGRANTES AO BRASIL.
VEJA REGISTRO DA CHEGADA DO SÍRIO AO RIO DE JANEIRO:
O SÍRIO NAUFRAGOU NAS COSTAS DA ESPANHA NO DIA 04 DE AGOSTO DE 1906, CAUSANDO CENTENAS DE MORTOS E DESAPARECIDOS.
VEJA REGISTRO DA CHEGADA DO SÍRIO AO RIO DE JANEIRO:
O SÍRIO NAUFRAGOU NAS COSTAS DA ESPANHA NO DIA 04 DE AGOSTO DE 1906, CAUSANDO CENTENAS DE MORTOS E DESAPARECIDOS.
[...] ... navio Sirio que, em 1906, dois dias após ter
partido do Porto de Gênova para o Brasil, naufragou com 1.700 passageiros e 127
tripulantes a bordo, entre eles cerca de 700 imigrantes italianos, dos quais 300
morreram no ato e 200 foram dados como desaparecidos para sempre.
[...] Em 4 de agosto de 1906, um navio de passageiros, o Sírio naufragou nas costas da
Espanha, próximo às Ilhas Formiga, junto ao Cabo Palos, em viagem regular na
linha de Gênova (de onde saíra dois dias antes) para o Brasil e países da Bacia
do Prata. Eram 16 horas, e o capitão José Piconne (de 68 anos e 46 de
experiência na profissão) estava descansando, ficando o comando da embarcação
sob a responsabilidade do terceiro oficial, quando se ouviu um ruído
ensurdecedor e um grande impacto fez o navio inteiro sacudir. O comandante, além
de não controlar o pânico resultante, foi um dos primeiros a abandonar o
navio.
Construído em 1883 em Glasgow, na Escócia, o Sírio era um moderno
transatlântico na época, com 129 metros de comprimento e 4.141 toneladas, com
motor de 5.323 cavalos-vapor, tendo feito sua primeira viagem em 15/6/1883. A
embarcação transportava cerca de 1.700 passageiros (embora só pudesse levar
1.300, e 127 tripulantes), entre eles cerca de 700 imigrantes italianos, dos
quais 300 morreram no ato e 200 ficaram desaparecidos. Os que conseguiram se
salvar, perdendo todos os seus pertences, foram abrigados pelas populações do
Cabo Palos, de Cartagena e de Alicante.
A embarcação espanhola Jovem Miguel recolheu cerca de 300 náufragos, mas foi
obrigada a se afastar, deixando ainda centenas de pessoas no mar, já que a
explosão das caldeiras do Sírio e seu rápido afundamento colocaram essa
embarcação em perigo. Já o navio francês Marie Louise, mais distante, ao chegar
ao local da tragédia só encontrou destroços.
O comandante do Sírio foi preso em Cartagena, como culpado pelo sinistro,
pois costumava aumentar seus rendimentos embarcando clandestinos no litoral
espanhol e teria para isso se aproximado demais dos arrecifes. Além disso, como
havia uma espécie de competição entre os navios quando à rapidez nas viagens, o
Sírio viajava em velocidade elevada (17 nós, ou 31,5 km/h), incompatível com o
local (o Bajo de Fuera, que se transformaria num cemitério de embarcações) e
mais perto da costa do que deveria. O naufrágio foi presenciado por outros
navios mercantes, por ser região de intenso tráfego marítimo.
Entre os passageiros, estavam também inúmeras autoridades religiosas que
voltavam de Roma. Assim, morreu nessa tragédia o monsenhor José Camargo de
Barros, bispo de São Paulo, com 48 anos de idade, além do prior da Ordem dos
Beneditinos de Londres, oito missionários que vinham para o Brasil, salvando-se
entretanto o arcebispo do Pará, Homem de Melo.
Testemunhas afirmam que dom José Camargo de Barros morreu devido à agressão de um tripulante que lhe tirou o salva-vidas, quando ele abençoava aqueles que iam se atirando nas águas. Também morreu o cônsul da Áustria no Rio de Janeiro, Leopoldo Poltzer.
FONTE: http://www.insieme.com.br/portal/conteudo.php?sid=193&cid=2272&parent=0
VEJA E OUÇA MÚSICA SOBRE O NAUFRÁGIO DO SÍRIO:
Nenhum comentário:
Postar um comentário