terça-feira, 5 de outubro de 2010

MOGI DAS CRUZES X SANTANA (10)

·        ... as condições de trabalho, como se verá a seguir, eram duríssimas, levando a Mineração a perder constantemente operários que não se adaptavam ao "calor do fogo" como eles dizem hoje (CANOSA, 2002).

·        A empresa contava com pouco equipamento automático, privilegiando assim o "uso intensivo" da força-de-trabalho. Nessas condições os operários não só se expunham a condições de trabalho perigosas, mas também eram obrigados a dispender maior quantidade de força física (CANOSA, 2002).

   Às difíceis condições de trabalho se somavam à insuficiência de material de proteção de acidentes. A empresa não fornecia sapatos especiais, capacetes ou óculos protetores, por exemplo. Os operários se adaptavam às condições de trabalho do jeito que podiam. No setor da laminação era comum o uso de sapatilhas de lona e sola de embira, tipo de fibra vegetal, em lugar de sapatos especiais. Na aciaria, devido ao calor excessivo, contam os trabalhadores, era comum um ou outro operário trabalhar nu, "protegido" apenas por um avental de lona. Por isso era grande o número de acidentes (CANOSA, 2002).

EM SANTANA: NO INÍCIO DA MINERAÇÃO AS CONDIÇÕES DE TRABALHO TAMBÉM ERAM DURÍSSIMAS. EQUIPAMENTO DE PROTEÇÃO NÃO HAVIA. CHAPÉUS OU BONÉS NA CABEÇA E ALPARGATAS NOS PÉS ERA O QUE EXISTIA. O CARVÃO ERA RETIRADO COM PICARETA, JUNTADO COM PÁS E TRANSPORTADOS EM VAGONETAS PARA O EXTERIOR DA MINA.

OBS.:
     ATÉ HOJE SE USA O TERMO "RAFA" PARA A MELHOR CAMADA DE CARVÃO DENTRO DA MINA. PROVAVELMENTE ESTE TERMO TEM ORIGEM NA PALAVRA INGLESA "ROOF" QUE SIGNIFICA TETO E  QUE, QUANDO PRONUNCIADA, TEM SOM SEMELHANTE A "RAF" QUE ACABOU VIRANDO "RAFA".

IMAGEM: MINEIROS TRABALHANDO DEITADOS.
OBS.:
     ESTA IMAGEM TEM ORIGEM EM UMA MINA DE CARVÃO DOS ESTADOS UNIDOS DA AMÉRICA DO NORTE, MAS SE APLICARIA À SITUAÇÃO DE MUITAS MINAS DO SUL CATARINENSE NO INÍCIO DA MINERAÇÃO NESTA REGIÃO.

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